“Haveis de nascer outra vez”, assim disse Cristo. Até aí, tudo bem, a questão é se está havendo uma regeneração deste espírito de forma natural, abrindo-se para novos horizontes, novas perspectivas, ascensão e mais ainda, de forma consciente. Quando colocamos o “fazer conscientemente seu próprio caminho” e despertar para o conhecimento de si mesmo, estando o mais consciente possível de seus prodígios qualitativos e também de suas mais profundas limitações, para que assim o “SER” consciente, conduza sua vida administrando e aprimorando a cada dia, regenerando-se, transmutando-se e redirecionando a si e criando condições mais favoráveis e melhores regozijos futuros.
Poderíamos chamar de iluminação da inteligência ou elevação de consciência. Ao descortinar o véu da ignorância de si mesmo e descobrir os seus verdadeiros potenciais, a criatura humana, vê-se dotada de capacidades que até então era desconhecida e tira um melhor proveito da reencarnação, pondo-se a regenerar-se e passa a contribuir para a regeneração de sua comunidade. O espírito verdadeiramente esclarecido achará, um dia, o meio de exercer toda a sua benéfica ação sobre o corpo e a mente, numa perfeita integração corpo e alma, pois para um completo gozo da vida física, se faz necessário a conservação desse agente perfeito chamado “corpo”. Por isso, quando desencarnados e destituídos do corpo físico próprio, os espíritos tende a utilizar-se do sentido físico alheio, quer dizer, dos encarnados que somos nós, sobre quem acabam exercendo alguma influência ou predomínio.
Digamos que para cada corpo visível, há uma contraparte invisível ou vice e versa. O corpo enfermo, cheio de achaques, nada mais é do que a revelação física dos achaques espirituais, daquilo que, por não ser visível, é na maioria das vezes ignorado por nós que buscamos em vão o paliativo medicamentoso e superficial, mascarando ainda mais, a nossa necessidade de regeneração espiritual, pois há uma correspondência entre o corpo físico e o corpo espiritual e invisível. Assim como há uma correspondência entre os sintomas físicos e a degeneração espiritual.
Podemos dizer que o correto seria o espírito ser o senhor da mente e corpo. Mas o que podemos observar é justamente o contrário; o espírito se sucumbindo cada vez mais aos caprichos do corpo e da mente, deixando passar a sacrossanta oportunidade de exercer sobre ambos a sua magnificência e magnitude, conduzindo-os para os mais elevados propósitos evolutivos. Devido à grande e massificante influência deste mundo físico e sensorial, o espírito descompromissado e talvez desinteressado na sua regeneração, achando o fato de estar reencarnado por si só já basta para evoluir e se aprimorar, sem que para tanto se faça o mínimo esforço consciente.
Já ouvi muito a frase: Se não aprende pelo amor aprende pela dor – não tenho tanta certeza disso – talvez eu esteja errado – tenho observado na minha experiência de consultório que há controvérsias. O fato é que, há sim oportunidades várias, ao longo de uma vida, para o despertar da consciência espiritual de uma pessoa, mas nem sempre observa-se tal despertar, pois concorre com tais oportunidades, tantas outras para o desvirtuamento e o torpor das almas menos compromissadas com a sua regeneração, se deixando levar pelo envolvimento midiático e facilidades da vida moderna.
Contudo, gostaria de chamar a atenção para que na simplicidade do dia-a-dia possamos nos aprimorarmos não somente nas questões técnicas e sociais, mas também buscarmos o aprimoramento e a regeneração da alma, o que, com certeza trará um maior conforto físico e um bem estar geral.